007 – Sem Tempo para Morrer

Diferente de filmes como Quantum of Solace e o próprio Skyfall , tudo é muito intenso e acelerado, com explosão atrás de explosão e cenas de tiroteio e perseguição intermináveis, mas que pouco aprofundavam seus personagens e suas relações.

E o que Sem Tempo para Morrer faz é criar pequenos momentos de respiro. São eles que permitem que a gente absorva a trama ao mesmo tempo em que os personagens são mais bem desenvolvidos. É aí que vemos o quanto a fórmula da série se tornou tão anacrônica quanto o seu protagonista. Ao mudar a estrutura da franquia e não se apegar a seus clichês — ou aquilo que a torna clássica, se preferir — é que podemos perceber o quanto a série se beneficia desse aprofundamento. Trilha sonora perfeita. Sem Tempo para Morrer consegue entregar esse Bond muito mais reflexivo sem abrir mão da ação, o que é ótimo. O filme segue a velha cartilha de sempre, mas adiciona novos elementos que enriquecem seu personagem e explora camadas e facetas que foram ignoradas até aqui. Ao parar por alguns minutos, a história nos deixa sentir o cansaço do protagonista com aquela vida e com todas as perdas, de experimentar a esperança de um novo recomeço e as dores de ver tudo isso ser tirado pelo vilão. Às vezes, as coisas não se resumem apenas a adrenalina. Super recomendo

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