Nessa caprichada animação distribuída pela Apple, vemos a mitologia irlandesa nos sendo apresentada de maneira extremamente lúdica e colorida. Impossível não se encantar com o visual do filme, em que cada frame parece uma pintura. O enredo se disfarça de simples apenas para nos emocionar com as inseguranças com as quais o amor entre pais e filhos convive e, com brilhantismo singelo, desbravar a dicotomia cliché do “homem-monstro” sob uma óptica bastante original no roteiro de Will Collins. Super recomendo na Apple
As passageiras
O trio protagonista é o grande destaque do filme, Jorge Lendeborg Jr. (Bumblebee) é carismático e ganha nossa torcida. Debby Ryan (Jessie) e Lucy Fry (Bright), usam da sensualidade para criar uma atmosfera ameaçadora, o que funciona. Megan Fox (Garota Infernal) e Sydney Sweeney (The Voyeurs), são desperdiçadas no filme e aparecem em uma breve cena. Graças ao carisma e interpretação do trio formado por Lendeborg, Ryan e Fry que o filme não se torna impossível de ver.
As Passageiras é um filme de terror/suspense que tinha muito potencial e elementos interessantes, mas carece de alma e tensão, se tornando apenas um longo passeio para lugar nenhum. Recomendo por curiosidade na Netflix mais é fraco.
INFILTRADO (2021)
Ritchie entrega um clímax competente, marca registrada do diretor que se repete aqui. A montagem costura linhas do tempo diferentes para culminar em um grande evento que une todas elas, resultando em uma longa, sangrenta e bem elaborada sequência de ação. Já o desfecho acertadamente remete a westerns, inclusive pela presença de um ator específico, adicionando significado às motivações de Harry. Como nos faroestes, às vezes, os motivos pessoais transcendem o financeiro. Há sensações que o dinheiro não paga, como a vingança. Com exageros visuais, humor ácido e ritmo intenso são substituídos por um longa com atmosfera sombria e uma ação mais direta. Não fosse o segundo ato deslocado, a obra certamente entraria na lista de melhores do diretor, ainda que funcione. Aqui, é a mensagem sobre dinheiro que se assemelha aos demais trabalhos de Ritchie, mostrando como as consequências de um mundo ganancioso, em que capital vale mais do que vidas, acaba gerando um ciclo de violência em que todos são atingidos. Super recomendo
O Silêncio da Chuva
Um suspense envolvente, com uma pitada de filme noir e possui todos os elementos que um bom romance policial precisa ter. Entretanto, há algumas cenas fortes que causam desconforto, incluindo a resolução da trama. Fica o alerta para os espectadores mais intolerantes à violência gráfica. Recomendo
Free Guy: Assumindo o Controle
Equilibrar uma paródia de games como Grand Theft Auto, Sim City e Fortnite, pinçando com precisão as referências pertinentes , já seria difícil por si só, mas Free Guy é ainda mais ambicioso ao misturar isso com uma trama que ecoa o excelente O Show de Truman (1998) e abraça sem pudor a política do “mais é mais”. A aposta vale a pena, já que em meio a diversas participações especiais (das vozes de Hugh Jackman, John Krasinski, Tina Fey e Dwayne “The Rock” Johnson” ,variadas cenas de ação megalomaníacas e inesperadas piadas visuais e faladas sobre o universo dos games (desde a referência à tóxica prática do teabagging até os famosos bugs e glitches que assolam os jogos on-line), o diretor Shawn Levy raramente perde a mão, entendendo que o coração da trama está em Guy, sua jornada de descobrimento e emancipação, bem como sua relação com aqueles que o ajudaram nesse caminho. Super recomendo trilha sonora top.
Mare of Easttown
Quando você pensa que a HBO esgotou a sua capacidade de criar conteúdos exuberantes, eis que surge mais outro que te deixa extasiado. A produção é um trailer de suspense com overdose de drama, pitadas acertadas de humor e, que em determinado momento, passa a sensação de que é a série de nossa vida. Uma produção acertadíssima. Figurino, trilha sonora, maquiagem, corte das cenas, edição e, principalmente, o roteiro. Todos os diálogos são assertivos e fazem sentido na trama que envolve cada um dos personagens.
Nem preciso dizer que recomendo. Que será uma grata satisfação apreciar de queixo caído a cada episódio e, ao final, ficar com o gostinho de querer mais e mais. Super recomendo no HBO
O Homem Das Castanhas
O Homem Das Castanhas, tentou se afastar da típica fotografia nórdica, e usou tons mais brilhantes, e claros pra desenvolver a narrativa. Com episódios longos, ela consegue caminhar bem a partir do terceiro episódio, que é quando as peças do quebra cabeça começam a se encaixar. No quinto episódio nós já até descobrimos quem é o real vilão por trás desses assassinatos. Enquanto o sexto episódio serve como o desfecho pra essa história, onde todas as lacunas são preenchidas. Então podem ficar tranquilos, que a série não deixa pontas soltas. Super recomendo na Netflix
Round 6
Me surpreendeu, jogos são bem insanos e a história envolvente.
Te prende bem!
Pessoas individadas são convidadas a participar de jogos violentos, baseados em clássicas brincadeiras infantis coreanas, e se ganharem o jogo receberão milhões de wons em dinheiro.
A cada participante que morre, o pote de dinheiro vai enchendo cada vez mais.
As séries coreanas estão vindo aí pra ficar e assumir lugar de destaque, sempre com histórias muito criativas.
Para quem ver essa e gostar da temática recomendo ver tbm Alice in Borderland. Recomendo na Netflix
Grande Tubarão Branco
Temos um filme arrastado, marcado por dramas, conversas e discussões um filme enfadonho. O thriller de sobrevivência de Martin Wilson ganha fôlego na reta final, quando os tubarões decidem pegar pesado com os protagonistas tagarelas. Ou, a esta altura, com o que restou deles. Há alguns ataques inesperados e até empolgantes. Já a batalha final, que lembra bastante o último confronto de Do Fundo do Mar 3, não é das mais interessantes. Grande Tubarão Branco tem seus bons momentos. Mas na soma geral ele fica devendo. Não recomendo na Netflix
Noitários de Arrepiar
É uma história infantil, toda a construção desse mundo fantástico é muito bem feita, deixando claro que a Netflix fez um bom investimento em direção de arte e efeitos visuais, boa atuação dos três atores principais. Winslow Fegley e Lidya Jewett, as crianças, estão ótimas e são muito carismáticas. Ambas conseguem embarcar nessa aventura assustadora com muita facilidade e levam o espectador junto. O filme segue a cartilha do terror infanto-juvenil, assustando e encantando na mesma medida. E mesmo que seja bastante clichê do ponto de vista narrativo, sem trazer nada de novo para o gênero, é um filme que tem uma boa produção e conta com bons atores, coisas que são essenciais para algo do tipo. Recomendo na Netflix