Caça Invisível

O filme simplesmente não sabe presentear o espectador com qualquer elemento que faça valer a jornada. Adentrando o universo da caça, espera-se, no mínimo, cenas de acelerar o coração, tensão, mistério sobre a justificativa dos acontecimentos ou uma metáfora maior, algo que represente a jornada dentro da qual estamos vendo cada um dos personagens desfalecer. Mas o filme termina quase tão irrelevante quanto começou, sem respostas satisfatórias nem um momento climático compensador. Resumo uma perda de tempo não recomendo na Netflix

Kate

O filme é com o mesmo diretor de John Wick não inova, mas é diversão garantida. Regado por luzes neon, projeções mapeadas em prédios arquitetônicos e micro lanchonetes japonesas que carregam ares extremamente culturais. Trazendo um pouco das tradições orientais para dentro das telas, Kate é também uma pequena viagem estilística, traz suaves fragmentos da cultura Harajuku, mas evita especificar demais os atributos locais, a fim de não distrair a audiência com diversos elementos alegóricos que compõem as tradições japonesas. Recomendo na Netflix

Incursão Alienígena

O filme russo é uma continuação. E assistir ao seu antecessor, lançado em 2017, faz uma diferença boa aqui, pois, há pontos da história e personagens que só fazem sentido conhecendo-se aquilo que está no primeiro filme. A ficção científica é superficial aos que não viram o primeiro filme, a ação pode não ser constante para aqueles que estavam procurando por isso. Assim, é um passatempo que deixa a desejar e acaba soando como pegadinha, já que chega como continuação sem nenhum aviso e, pior, sem dar ao espectador acesso ao começo da história além de um prólogo insuficiente. Não recomendo na Netflix

RAÍZES MACABRAS

O filme é um drama que não precisa de muito mais que um punhado de atores contracenando entre si num único cenário. Mais algumas luzes e sombras pra criar tensão, bem como efeitos práticos pra simular aquelas cirurgias espíritas que já conhecemos tão bem.

Por outro lado, Canales sabe que tem em mãos uma protagonista suicida que foi mais afetada pelas drogas do que qualquer entidade sobrenatural com que tenha de lidar e agarra seu papel com unhas e dentes, fazendo da sua volta ao lar um enfrentamento dos demônios internos que sempre carregou. Recomendo na Netflix

REALLY LOVE

Um filme com uma premissa mais romântica, Really Love tem camadas mais profundas, abordando conflito de classes e racismo com uma sutileza poucas vezes vista. As dificuldades financeiras atravessadas por Isaiah e a facilidade de abrir portas de Stevie mostram bem as duas facetas dessas lutas com uma trilha sonora supervisionada por Jonathan Christiansen é, sem trocadilhos, uma verdadeira obra de arte. Recheada de Jazz, Soul e R&B, as músicas remetem diretamente à temática negra explorada na trama. Recomendo na Netflix

PEGANDO FOGO

É um bom filme, faltou aprofundamento no enredo dos personagens, o filme pouco destaca a filha de Jean Luc, os traficantes, a filha da cozinheira, a tão esperada terceira estrela Michelin, entre outros aspectos, o que prejudica o sucesso do filme. Mas, no geral, um bom filme, com boas atuações. Recomendo na Netflix

Ascensão do Cisne Negro

O filme não fornece nada de novo que não seja conseguido através de CGI, o que é decepcionante de verdade tendo em vista um certo padrão de qualidade estética que a Netflix costuma imprimir em sua produção de larga escala de gênero. São fundos verdes muito perceptíveis, construções computadorizadas feias e irreais, o que soa injustificável a um filme que ambiciona uma franquia. Poucos são os momentos em que a tensão parece crível, até porque suas coreografias de cena são todas muito atrapalhadas, e o filme deixa de interessar justamente no que deveria ser seu principal trunfo, um roteiro cheio de penduricalhos que não fazem sentido e facilitadoras de ação sem qualquer respaldo e pobres dramaticamente (porque o herói resolve viajar de trem já tendo comprado a passagem de avião?), e pra completar ainda esteticamente é uma produção cheia de deslizes. Não recomendo na Netflix

Estranho Passageiro – Sputnik

Abramenko não consegue gerar muita empatia com os personagens, isso não seria necessariamente um problema se o filme tivesse produzido sangue suficiente para manter os fãs do gênero felizes. O filme é frustrante quando sua câmera tímida se recusa a se aproximar da mastigação do rosto e esmagamento do crânio. Um ato final confuso, uma subtrama envolvendo uma criança abandonada no orfanato Rostok e algumas motivações de personagens absurdos, tudo contribui para a sensação de que este filme é mais bem classificado como uma oportunidade perdida. Filme fraco na Netflix

Justiça em Família

Com alguns erros de continuidade e pequenas falhas em sua montagem, o suspense de ação não deixa de ser uma eletrizante aposta para quem busca se revigorar com uma dose de adrenalina. Com o seu ponto forte sendo a sensibilidade de explorar as mazelas que um trauma é capaz de causar em alguém, Justiça em Família honra a audiência, surpreende e supera a mesmice com uma boa reviravolta. Recomendo na Netflix