Monster Hunter

O filme é uma bagunça de mitos e regras de monstros, repleto de muitos cortes rápidos e inconsistências CGI. É impossível imaginar como um filme poderia ter nos dado menos. É muito apropriado que um filme feito sem qualquer imaginação termine desafiando a nossa. Sem direção narrativa e de ritmo lento, ‘Caçador de Monstros’ é mais uma adaptação de videogame sem alma que se afoga em sua própria inadequação. O filme é uma adaptação de jogo vazia, sem sentido e sem inteligência. Não recomendo

Oxigênio

Apesar da locação única, o longa é altamente dinâmico, dosando muito bem a claustrofobia da cápsula selada com as lembranças distantes da mulher e o agravamento de sua situação precária, ao ritmo que surgem mais descobertas e cada vez mais sistemas vão falhando. Muito disso se dá pela excelente direção de Alexandre Aja. Oxigênio é um ótimo exercício em criar tensão sufocante (literalmente) com poucos recursos, que cresce ainda mais quando espelha com honestidade – e até um pouco de brutalidade – a descrença de quem já perdeu as esperanças no mundo atual, mas que isso nem por isso deixa de lutar pelo amanhã. Recomendo na Netflix

A Mulher na Janela

Adaptação do livro homônimo de A. J. Finn, suspense “A Mulher na Janela” chega à Netflix com grande elenco, mas não faz jus ao material em que se baseia. Ao fim torna se um filme tão problemático quando sua produção. O roteiro tira toda a sutileza e a dúvida do material em que se baseia – e o livro já nem é lá muito original. Com bons atores sendo subutilizados e normalmente gritando (sabe-se lá o porquê), o filme de Joe Wright se resume a um suspense que passaria perfeitamente no “Supercine”, nas noites de sábado da Globo. Sorte da Fox que conseguiu recuperar parte do investimento sem depender das bilheterias dos cinemas.

OS NOVOS MUTANTES

Em linhas gerais, ‘Novos Mutantes’ não apresenta nada tão ruim que o público já não tivesse visto em ‘X-Men: Fênix Negra’ ou ‘X-Men: Apocalipse’; seu grande azar foi todo o trâmite por detrás das telas para ser lançado desde 2018 vem arrastando o lançamento. Afinal, depois de tantos adiamentos e o acúmulo de críticas negativas, se tornou bem pouco atrativo e um filme que prometia alguma coisa entrega tão pouco.  Não recomendo

Os Salafrários

O filme proporciona uma comédia divertida e escapista na Netflix devido à ótima dupla de comediantes protagonistas, mas se prova vazia demais em conteúdo para sustentar um longa-metragem, sendo muito mais eficiente caso fosse um episódio de alguma série sitcom na TV. O humor exagerado e as situações implausíveis provocam riso instantâneo, mas a alegria é momentânea, já que a aventura dá voltas e mais voltas em torno de uma trama bastante rasa, precária e ineficiente. Não chega a ser um total desperdício de tempo por conta da crítica social presente, mas um pouco mais de criatividade e empenho da produção em subverter certos clichês, certamente teria feito dessa uma das comédias mais animadas do ano até agora. Recomendo na Netflix

A Voz Suprema do Blues

Mesmo levando em consideração as atuações maravilhosas de seus protagonistas, A voz suprema do blues não consegue se afastar da linguagem teatral, entregando uma montagem confusa, tornado o filme bem arrastado e decepcionando o espectador que esperava mais da história da personagem título. O filme consegue se segurar nas atuações da maravilhosa Viola Davis (irreconhecível) e do arrasador Chadwick boseman, que entrega dois monólogos muito impactantes. Destaque também para o figurino, maquiagem e design de produção. Contudo, A voz suprema do blues se trata de um filme mediano com excelentes atuações. recomendo na Netflix

Sombra e Ossos

Inspirada nos livros de Leigh Bardugo, a série acerta bastante ao ter personagens carismáticos e apresentar um universo rico de mitologia. Talvez o ritmo deixe alguns espectadores mais confusos com algumas especificidades, mas, ao fazer isso, o seriado também aguça a curiosidade, já que cada um dos oito episódios da primeira temporada apresenta algo novo, tornando a produção um prato cheio para quem gosta de mergulhar em histórias fantásticas. Espero que a Netflix renove e produza segunda e terceira temporadas  já que essa primeira foi um ótimo passo para o streaming começar uma franquia de fantasia que tem uma mitologia e personagens riquíssimos para explorar. Recomendo na Netflix

O Tigre branco

Até onde vamos para conseguir tudo que queremos? Falando sobre limites, oportunidades, diferenças entre classes sociais em um país com chances para alguns e outros com grande probabilidade de não conseguirem sair da linha da pobreza. Tigre Branco, longa-metragem disponível na Netflix é um filme que vai da ambição ao absurdo em segundos. Um belo trabalho, escrito e dirigido pelo cineasta norte-americano Ramin Bahrani, com roteiro adaptado do livro The White Tiger do escritor indiano Aravind Adiga. Recomendo

O Som do Silêncio

O som é um mero detalhe quando encontramos um novo sentido em nossas vidas. Uma das gratas surpresas desses dias tão louco em nossas vidas sem dúvidas é esse fenomenal trabalho dirigido pelo estreante em longas-metragens Darius Marder. O Som do Silêncio (Sound of Metal, no original) é um angustiante drama sobre o silêncio que precede o esporro. Contando a vida de um baterista que descobre que está ficando surdo, seu mundo novo, descobertas, uma nova linguagem, somos testemunhas da importância dos inquietantes barulhos da alma. Uma atuação arrebatadora e emocionante do ator Riz Ahmed. Recomendo no Amazon

Zero

Zero da Netflix consegue ser um bom entretenimento oscilando entre acertos e deslizes, sobretudo, pelo elenco talentoso e pela pungência do material. E, pelo episódio derradeiro, pode-se esperar maiores surpresas e revelações em uma provável segunda temporada. Lembrando que também continuarão os desafios, pois ficam muitas pontas soltas no final da primeira temporada seria divertida e fácil de gostar. Recomendo na Netflix